sábado, 7 de maio de 2011

Invasão contra Sony pode afetar computação em nuvem

O sequestro de dados da rede da Sony que comprometeu informações pessoais de mais de 100 milhões de clientes do conglomerado japonês pode reclamar mais uma vítima: o setor de computação em nuvem.

Algumas empresas estão repensando seus planos de adotar sistemas computacionais baseados na nuvem, localizados em data centers remotos que podem ser acessados pela Internet.

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As ações de companhias especializadas em computação em nuvem tiveram um dos melhores desempenhos do mercado em 2011. Mas o ataque à Sony, assim como uma grande queda nos serviços do centro de computação em nuvem da Amazon.com, fizeram com que algumas empresas retardassem seus planos de mover suas operações para a nuvem.

"Ninguém está seguro. A Sony é somente é apenas uma parte do todo", disse Eric Johnson, professor da Universidade de Dartmouth que presta consultoria a grandes empresas sobre estratégias de computação.

Desde a divulgação da quebra da segurança do sistema da Sony em 26 de abril, as ações de companhias envolvidas com computação em nuvem têm tido performance abaixo do mercado em geral. A Salesforce.com, fabricante de softwares fornecidos pela Internet, viu seus papéis caírem 3%. As ações da VMware, que vende softwares para a construção de nuvens, declinaram 2%. O índice Standard & Poor's 500 subiu 3,3% no período.

Especialista em segurança digital afirmam que investidores, empresas e consumidores depositaram muita fé sobre a computação em nuvem. "Você não iria querer ter essa confiança na mágica da nuvem. Não é tão simples assim", disse Mike Logan, presidente da Axis, empresa de segurança de dados. "É como o Facebook. Se você colocar todas as informações importantes ali, adivinhe? As pessoas as verão".

Empresas de computação em nuvem fizeram um bom trabalho ao convencer consumidores de que seus dados estão seguros, mesmo podendo estar erradas, disse o analista Jay Heiser de segurança na nuvem do Gartner. "Se você está fazendo algo crítico para o seu negócio, precisa de planos de contingência", disse Heiser. "As mensagens de marketing de algumas empresas de computação em nuvem motivaram as pessoas a encobrir a necessidade de planos de contingência".

Consumidores confiam na nuvem para gerenciar serviços desde e-mails até relatórios de crédito e pagamento de impostos, frequentemente sem investigar antes a segurança de tais sistemas.

Fonte: G1

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